Após visita à Corte Imperial em Praga, Regente da França é recebido em Württemberg e torna-se Barão de Wasseralfingen
11 de Julho de 2025
Por Editor-Chefe do Jornal O Arauto
LUDWIGSBURG, WÜRTTEMBERG — O Reino de Württemberg viveu, nesta última semana, dias de intensas cerimônias e encontros diplomáticos de alto nível. Após honrosa visita à Corte Imperial em Praga, onde foi recebido por Sua Germânica Majestade Imperial, Ferdinand V, o Delfim da França, Regente do Reino da França, desembarcou em território vurtemberguês acompanhado de sua esposa, a Duquesa Consorte de Soissons, para cumprir uma agenda política e cerimonial que culminou em sua elevação ao título de Freiherr von Wasseralfingen.
Visita de Cortesia à Rainha de Württemberg em Ludwigsburg
A primeira etapa da visita se deu na cidade de Ludwigsburg, sede do Trono Real de Württemberg. A comitiva francesa foi recebida nos portões do Castelo por representantes da Cúria Real de Württemberg, Cavaleiros da Ordem da Floresta Negra, e de forma especialmente calorosa, por Sua Majestade a Rainha de Württemberg, prima de segundo grau do Delfim.
O reencontro entre ambos foi descrito por cortesãos como “fraterno e carregado de simbolismo histórico”, já que as Casas Reais da França e de Württemberg compartilham raízes dinásticas antigas.
Durante sua permanência na capital, o Delfim e a Duquesa foram convidados a conhecer o funcionamento interno da política vurtemberguesa, em especial os órgãos do governo feudal. Reuniram-se com a Cúria Real de Württemberg e a Ordem da Floresta Negra.
Chegada do Delfim de França e da Duquesa no Castelo de Ludwigsburg.
Investidura como Freiherr von Wasseralfingen
Após as cerimônias em Ludwigsburg, a comitiva real francesa seguiu em direção ao leste do Reino, rumo à vila de Wasseralfingen, conhecida historicamente como centro de mineração e forjaria desde os tempos do primeiro Conde de Aalen.
Foi ali, no coração da antiga terra dos ferreiros, que o povo de Württemberg testemunhou um momento histórico: a investidura pública do Delfim da França como Barão de Wasseralfingen.
A proclamação, feita pelo próprio Rei de Württemberg sob os sinos da igreja paroquial, reuniu centenas de camponeses, mineiros e membros da nobreza local. O ato foi seguido por aclamações populares e uma bênção litúrgica realizada por abades vindos de Ellwangen.
– “Escutai, ó povo de Wasseralfingen,
e vós, filhos das encruzilhadas da Floresta Negra,
Eu, vosso soberano, Senhor de Eifel,
Rei de Württemberg, Conde Palatino de Daun,
e Grão-Mestre da Ordem da Floresta Negra,
com a anuência de Sua Germânica Majestade Imperial,
Ferdinand V, Augusto Imperador de toda a Alemanha,
Rei dos Reis da Germânia e Senhor dos Povos Germânicos,
proclamo, neste dia consagrado,
diante do Cervo Sagrado e sob o testemunho do povo fiel,
que se ergue em honra, glória e nobreza
Sua Alteza Real, o Delfim da França,
como Freiherr von Wasseralfingen,
Barão legítimo destas terras de ferro e chama.”
O brasão do novo barão foi revelado à multidão: um campo azul com ondas prateadas, sobre as quais repousa uma mão segurando uma serpente dourada — símbolo da sabedoria e do controle sobre as forças naturais — e no canto, dois martelos cruzados em fundo dourado, representando a herança dos mineiros locais.
A Duquesa Consorte de Soissons também foi homenageada com flores e um cântico entoado pelas filhas dos forjadores, destacando seu papel de união e virtude.
Diplomacia de Ferro e Fé
A visita do Delfim à Württemberg, além de consolidar os laços entre França e os estados germânicos, fortalece a posição do Reino no cenário imperial, sobretudo após os encontros com o Imperador em Praga.
A Rainha de Württemberg declarou, em nota oficial:
– “A nobreza encontra seu sentido quando se inclina à paz e à justiça. A presença do Regente da França em nosso reino é testemunho de que os tronos, quando unidos, iluminam os povos.”