Editorial – Por um nome que reflita nossa história, diversidade e valores
Burgrave Konrad Otto zu Klagenfurt, chanceler do Império
Residenz Münchner, Munique. O Império Alemão, fundado em 2002 como a “Nobre Monarquia do Alto-Reino” (Hochreich, em alemão), atravessou duas décadas de crescimento, expansão e consolidação. Com um território plural e uma população composta por diversos povos, nossa micronação tem se afirmado como um espaço de promoção de um modelo histórico-modelista profundamente multicultural. No entanto, o nome “Império Alemão”, ao se concentrar exclusivamente na cultura e na língua alemãs, não reflete adequadamente a diversidade de povos que compõem nosso território nem os valores que buscamos promover. Mais do que isso, o nome atual pode carregar conotações negativas, associadas ao imperialismo germânico e a um passado problemático. Por isso, propomos a mudança para o nome “Nobre Monarquia do Alto-Império”, que não apenas resgata nossa identidade original, mas também elimina essas associações indesejáveis e abre caminho para uma nação mais inclusiva e representativa.
O nome “Império Alemão” tem suas raízes em nossa visão histórico-modelista do micronacionalismo, mas representa uma única cultura e tradição, em particular a cultura germânica. Isso, por si só, não é um problema. No entanto, quando observamos a rica diversidade de povos que compõem o referencial geográfico de nosso Império – como sejam os luxemburgueses, alemães, dinamarqueses, cassubianos, tchecos, polacos ou lituanos – percebemos que esse nome não faz justiça à nossa pluralidade. Ele também carrega consigo conotações históricas e simbólicas que podem ser prejudiciais à imagem da nossa nação.
O termo “Reich Alemão” remete, inevitavelmente, a períodos sombrios da história, como o II e o III Reich, associando nossa micronação a ideologias imperialistas e autoritárias que não representam nossos valores de inclusão, respeito e diversidade. Mais ainda, esse nome pode atrair, inadvertidamente, grupos de extrema-direita ou de ideologias neonazistas, que se apropriam desses símbolos para fins ideológicos distantes de nossos princípios de convivência pacífica e harmonia entre povos. Portanto, devemos ser prudentes e responsáveis ao escolher um nome que reflita as melhores qualidades do nosso Império, sem as sombras de um passado que não é nem queremos fazer nosso.
A proposta de mudar para “Nobre Monarquia do Alto-Império” é uma forma de honrar nossas origens, ao mesmo tempo em que criamos um novo caminho para o futuro. O nome “Hochreich”, originalmente traduzido para “Alto-Reino” pode, igualmente, ser lido como “Alto-Império”. Esse termo evoca a autoridade moral do Império, mas de forma mais inclusiva, representando não apenas uma única cultura, mas todas as que compõem nosso vasto território. De fato, ele oferece uma imagem de majestade e prosperidade, sem diminuir a importância dos povos que formam o tecido social do Império.
Com essa mudança, também queremos enviar uma mensagem clara para o mundo: o Império é uma nação inclusiva, que respeita suas raízes históricas, mas que não se prende a um único ponto de vista, idioma ou cultura. Nossa força está na união dessas diversas culturas e na capacidade de coexistir pacificamente, com respeito mútuo e cooperação.
Convido todos os cidadãos do Império Alemão a refletirem sobre essa proposta com a seriedade e o respeito que ela merece. Como Chanceler, estarei ao lado de cada um de vocês nesse processo, com o objetivo de garantir que nossa micronação seja cada vez mais um espaço de cultura e progresso, bem como uma escola de cidadania inclusiva.
Parlamento discute reformas e o Império pode mudar seu nome oficial
Viena. O Senado Imperial tem dedicado sua atenção a uma nova fase de reformas nas estruturas do país. Por iniciativa coordenada entre o Imperador e a Chancelaria, os senadores iniciaram o debate preliminar sobre a adoção de hipotéticas modificações na forma como as instituições do Império operam.
Segundo fontes ouvidas no Neue Burg, a sede vienense da Câmara Alta do Parlamento, a intenção de alterar o nome do Império partiu do falecido imperador Guilherme III que, em diferentes ocasiões ao longo dos seus 22 anos de reinado, chegou a ventilar a possibilidade de deixar a referência macro à identidade da Nação Germânica. Com a chegada de seu sucessor ao trono, o tema foi retomado e circulou por entre os principais colaboradores do Castelo de Praga até ser levado para o Senado.
Esta não seria a primeira vez que o Reich mudou de nome. Na sua fundação, chamava-se “Nobre Monarquia do Alto-Reino” (2002-2005) e conservou esta designação até a Restauração como “Império Alemão” (2005 ao presente). No entanto, o que muitos não se recordam é que o nome oficial na verdade era outro: chamava-se “Confederação dos Estados Alemães”. Manteve esta designação entre 2005 e 2011, quando o sistema federal foi abolido e a Reforma Imperial substituiu as instituições vigentes à época. Desde então, a forma atual é a única utilizada inclusive nas versões nas línguas oficiais secundárias, como o alemão e o latim.
Da parte do Governo a informação conhecida aponta para a possibilidade do tema ser discutido em praça pública e também no âmbito da Grande Assembleia da Alemanha, uma instituição consultiva de amplo escopo de participação, para recolher um número maior de colaboradores. Dada a sensibilidade da questão não é descartada possibilidade de um plebiscito.
Além do debate sobre o nome também estão no horizonte dos senadores a modificação de símbolos imperiais, a possiblidade de maior autonomia para os Estados, a criação de uma esfera regional de administração interestadual, reforma militar, alterações no sistema eleitoral, dentre outros temas secundários.
Geopolítica em tópicos
- Após quase uma semana sem notícias, fontes escorvanesas informam do reaparecimento do Kfah Abbas I após uma pane tecnológica generalizada que o obrigou a afastar-se do poder momentaneamente. Dias após sua normalização técnica, a regência do trono foi dissolvida indicando o retorno do monarca ao poder;
- Michael I do Chipre dá continuidade ao processo de estruturação do país livremente associado ao Império Alemão. A primeira constituição cipriota foi promulgada e o sistema político do reino – independente e soberano, sempre é bom frisar – logo estará inteiramente composto;
- Notícias de um novo (velho) país surgem na Europa e testemunham-se os primeiros dias da União dos Países Baixos nos territórios que outrora foram ocupados na última década por alemães e borguinhões. Há muitos anos ali havia um outro país sob a guarda da mesma família que agora instala sua sede em Utrecht;
- O Velho Mundo também recepcionará mais um projeto nacional independente em um futuro próximo. Estão adiantadas as conversações sobre a questão maltesa e o protetorado italiano.
- Circulam boatos de que um pulso ainda pulsa em algum lugar da Rússia. A conferir;
- Falando em boatos, ouvem-se suspiros acerca de interesses aleatórios de gente do Canal da Mancha com olhares bem gordos sobre os alpes suíços. Talvez desconheçam a resiliência e discrição do rei Esbran, no trono há 19 anos;
- E tratando sobre resiliência, ainda há um rei reclamando os territórios polaco-lituanos há, pelo menos, 15 anos;
- “This is Spartaaa! Em um renascimento de fazer inveja ao heroico Leônidas, ainda há um guerreiro sustentando como o titã Atlas as fundações da pólis espartana após uma década sem atividade pública. Sem ambições exageradas, mas com espírito entusiasmado pelo carisma do mundo helenístico, o diarca Mariano de Ágide – que também possui cidadania alemã – retomou o Trono de Mármore com o apoio de Pathros e do Império;
- Alguém tem notícias do Rei do Norte? Dizem que saiu para comprar cigarros e congelou-se no Ártico escandinavo. Que Odin o guarde com boa saúde e que reine por muitos anos.
Um Príncipe retoma o trono: começam os dias de Württemberg

Ludwigsburg. Após um breve hiato desde sua surpreendente abdicação ao trono luxemburguês, o outrora grão-duque agora assume o trono novamente e se torna Frederico II, rei de Württemberg.
O novo reino torna-se o sétimo Estado do Império Alemão, um número ousado para um país cada vez mais complexo e diversificado. Com sede em Ludwigsburg, o novo monarca recebeu das mãos do Imperador a Carta Imperial que devolveu aos territórios históricos do reino homônimo (1805-1918) a plena autonomia para conduzir, em nome do Kaiser, a boa governança das regiões do sudoeste do Reich.
Frederico foi proclamado rei e logo deu início aos preparativos para sua entronização. A repercussão internacional foi imediata e antes mesmo de ocorrer a cerimônia em que recebe a Coroa de Württemberg e presta vassalagem ao Imperador, espelhando o protocolo utilizado na coroação imperial do ano passado, chegaram as alvíssaras do patriarca vaticano Dom Antônio I pela notícia dos eventos em Ludwigsburg.
Segundo o Noviny apurou, o novo Estado tem a pretensão de operar conforme uma estrutura que mimetize estruturas análogas a uma monarquia medieval, respeitando-se as possibilidades dadas pela Constituição Imperial e da ordem institucional alemã.
Um dado curioso: Frederico II não reina sobre todas as terras vurtemberguesas. A histórica capital, Estugarda (Stuttgart), foi mantida como um território sob a jurisdição imediata da Coroa Imperial, situação estabelecida por Guilherme III nos tempos da Restauração e mantida sob Fernando V atualmente. Oficiais do Castelo de Praga analisa a situação sem dar detalhes precisos sobre o futuro da cidade que é tradicionalmente parte dos domínios privativos do Imperador.
Rito solene de entronização de Suas Majestades o Rei e a Rainha de Württemberg

Ludwigsburg. O Noviny acompanhou a solenidade de coroação do novo príncipe imperial. A cerimônia ocorreu nas dependências do Palácio Real de Ludwigsburg, na capital do oitavo estado do Império e reuniu a família real vurtemberguesa, também o Imperador e a Imperatriz acompanhados por seus filhos residentes no país, as demais figuras de alto gabarito da nobreza alemã e convidados estrangeiros vindos de nações amigas. Todos foram até o sudoeste germânico para prestigiar e aclamar o monarca que assume o trono com o ânimo reavivado após a abdicação inesperada à Coroa de Luxemburgo.
Acompanhe a seguir o rito solene performado na capital vurtemberguesa que marcou o início do reinado de Frederico II.

No coração do majestoso Palácio de Ludwigsburg, na capela construída no século XVIII, as trombetas soam, anunciando o início da cerimônia de coroação de Suas Majestades Frederico II e Maria Carolina de Württemberg. Compareceram à solenidade:
Convidados do Império Alemão:
- Sua Germânica Majestade o Imperador
- Sua Germânica Majestade a Imperatriz
- Sua Majestade o Rei da Baviera
- Sua Majestade o Rei da Prússia
- Sua Majestade o Rei de Hanôver
- Sua Sereníssima Alteza Imperial o Arquiduque da Áustria
- Sua Alteza Imperial o Príncipe-Herdeiro do Reino da Boêmia
- Sua Alteza a Princesa Charlotte Amalia von Riedenberg (futura grã-duquesa de Luxemburgo)
- Sua Magnífica Senhoria o Burgrave de Klagenfurt, Chanceler do Império Alemão.
Convidados estrangeiros:
- Sua Majestade o Rei dos Nórdicos, Duque da Livônia e Protetor do Norte (Escandinávia);
- Sua Majestade o Imperador de Deltária;
- Sua Majestade Católica o Rei de Aragão, Príncipe Boêmio;
- Sua Majestade o Rei da Itália;
- Sua Majestade Real e Paulista o Rei de Bauru e São Vicente;
- Suas Majestades o Rei e a Rainha da França;
- Sua Majestade o Rei da Kováquia;
- Sua Alteza Real a Princesa Consorte da Kováquia;
- Sua Alteza Sereníssima o Príncipe Soberano de Liechtenstein e Regente do Grão-Ducado de Luxemburgo;
- Sua Alteza o Duque da Escânia (Escandinávia).
O ambiente da nave da capela totalmente ocupado por algumas das personalidades mais poderosas do continente exibindo suas vestes ricamente adornadas refletindo a luz que ilumina o ambiente. O ar está carregado de expectativa e reverência.
O Rei e a Rainha, vestidos com um manto de veludo púrpura, caminham lentamente pelo corredor central, ladeado por arautos e cavaleiros em armaduras brilhantes ornamentados pelas Armas de Württemberg. Seus passos são firmes, mas há uma humildade em seu olhar, ciente do peso da coroa que estão prestes a receber. As tapeçarias e afrescos nas paredes de arquitetura barroca retratam cenas do Evangelho e hagiografias que reverenciam a fé da monarquia vurtemberguesa e os feitos heroicos da Casa de Riedenberg, lembrando a todos da linhagem nobilíssima que ela representa.
Ao chegar ao altar, os Reis se ajoelham diante do Arauto Imperial que, em nome do Kaiser, presidirá o rito. Junto dele, segurada por um oficial da autoridade heráldica está a Coroa de Württemberg incrustada de pedras preciosas. O Reichsherold realiza em voz alta a leitura da Carta Imperial assinada pelo Imperador que proclama Frederico e Maria Carolina os Reis daquele Estado.
Os Monarcas prestam diante do público o juramento de servirem a Deus e ao Imperador, cumprindo e fazendo cumprir as leis do Império e do Reino, guardando e fazendo guardar a ordem, a justiça e paz em Württemberg e em toda Alemanha.
Sobe ao altar o Camerlengo do Patriarca do Vaticano que faz a leitura da benção patriarcal rogando aos Céus uma oração pedindo as graças do Altíssimo para os novos monarcas. Em seguida, ele unge a testa dos Reis com óleo sagrado, simbolizando a santidade e a responsabilidade do cargo. A coroa é então colocada sobre a cabeça do rei pelo Arauto do Imperador. Frederico II e Maria Carolina agora se levantam como os monarcas ungidos do Reino e são aclamados pela congregação ali reunida.
O Hino de Württemberg é executado para assinalar o início do reinado de Frederico. O público em aplausos. Ele ergue a mão em um gesto de agradecimento. Os sinos na parte externa da capela tocam em celebração, ecoando por todo o palácio, marcando o início de uma nova era. Após a aclamação, o Rei toma novamente a palavra e dirigindo-se ao Imperador, presta o Juramento de Vassalagem à Coroa Imperial, ato seguido pela execução do Hino do Imperador e do Hino Nacional, selando o compromisso da Coroa vurtemberguesa com o Kaiser e com o Reich, encerrando solenemente o rito de entronização.
Após a coroação, o rei é conduzido ao salão de banquetes, onde uma grandiosa festa é preparada. Mesas longas estão repletas de iguarias, desde carnes assadas até frutas exóticas e pães frescos. Músicos tocam melodias alegres, e dançarinos entretêm os convidados com suas performances graciosas. O Rei e a Rainha, agora acomodados em local de honra no salão de banquetes observam com um sorriso satisfeito a congregação de convidados que naquele dia testemunharam sua ascensão ao trono, sabendo com serenidade que este é apenas o começo de seu reinado. E que seja longo e próspero.
Efemérides germânicas
- Boatos circulam sobre tambores e festejos pagãos em meio a Floresta Negra, em Württemberg, os domínios do “Mestre dos Destinos”.
- A Santa Igreja perde um purpurado e o Império ganha um noivado: vem aí as bodas da Águia e do Leão.
- Falando em boatos, circulam sussurros vindas do norte da Alemanha que um touro e um grifo foram vistos em Schwerin.
- Falando em criaturas aladas, em 21 de julho nascerá uma águia. Além de ser do signo de câncer, ela terá duas cabeças. Sua cara, quer dizer, suas “caras” serão conhecidas nos festejos do vigésimo aniversário de Restauração do Império, o Jubileu de Esmeralda.
- E por falar em criaturas fantásticas e onde habitam, o Império se tornou uma terra de mitos e lendas que estão sendo encenados a olhos vistos. A versão germânica de Caim e Abel está em curso no plenário do Senado, só não se sabe como terminará: em sangue ou táleres (algo que irá doer bem mais).