Renascimento do Pacto de Varsóvia escancara hostilidade do neoimperialismo russo-andorrano

Bloco democrático reage à agressão e Andorra se prepara para invadir a Espanha.

EUROPA: Pacto de Varsóvia dá base ao neoimperialismo russo-andorrano e evidencia a franca hostilidade do bloco ao restante da Europa enquanto Andorra se prepara para invadir território espanhol.

Pacto de Varsóvia russo-andorrano leva a Europa de volta à Guerra Fria

Ao final da Segunda Guerra Mundial, a fração ocidental-democrática dos Aliados europeus liderada pelos Estados Unidos passou a cooperar em matérias securitárias e militares no bojo da Organização do Tratado do Atlântico Norte, a OTAN. Com o objetivo de apresentar uma alternativa comunista à iniciativa americana, a União Soviética coordenou os estados comunistas e autoritários que residiam em sua esfera de influência em direção da criação em 1946 do Pacto de Varsóvia, momento em que essas duas alianças militares passaram a representar a essência da Guerra Fria que perduraria entre o ocidente e o mundo soviético até a queda do Muro de Berlim em 1989.

Há poucas semanas, Rússia e Andorra optaram por reviver o Pacto de Varsóvia, e ao fazê-lo assumiram não só sua posição autoritária e anti-sistêmica em meio à comunidade internacional europeia, como também, ao resgatar para sua aliança a mesma denominação soviética de 1946, declararam hostilidade aberta àqueles países europeus que optaram por se organizarem de outra forma ou em outros blocos multilaterais.

O momento, é claro, epitomiza justamente a análise que fizemos na primeira edição deste Coburg Report, quando avaliamos que o objetivo do eixo russo-andorrano era justamente desestabilizar o sistema europeu através de iniciativas políticas eivadas de significado culturais e históricos que foram iniciadas com os ataques ao patrimônio italiano, báltico, francês e espanhol.

Europa democrática reage

Na última quinta-feira (21), a Europa democrática reuniu, pela primeira vez na História, tanto os Estados membros do Congresso de Füssen quanto os signatários do Tratado do Neuschwanstein. A reunião do bloco democrático, que reúne ao todo 12 países, contou com nove delegações presentes, e lançou finalmente as bases de uma resposta europeia concertada à agressão do eixo russo-andorrano.

No que diz respeito a Andorra, o resultado foi visto logo no dia seguinte. O Imperador Alemão, que geralmente representa o Congresso de Füssen em público, emitiu uma nota direcionada ao Principado de Andorra informando que a assembleia do Tratado do Neuschwanstein havia votado unanimemente, com uma abstenção, pela expulsão imediata de Andorra do contrato que baliza a segurança europeia.

Um diplomata vaticano contou ao Coburg Report, em condição de anonimato, que as delegações francesas e alemã, ao ponderarem sobre a permanência de Andorra no arranjo, se manifestaram indicando desconforto com a perspectiva de continuarem jurídica e moralmente empenhadas em um compromisso mútuo de segurança internacional que incluiria um potencial apoio a Andorra caso o Principado tivesse a necessidade de invocar o tratado, já que Andorra tem promovido, desde agosto, toda sorte de impropérios contra suas contrapartes europeias.

Efetivada a remoção de Andorra do compromisso securitário europeu, o Congresso de Füssen informou ao Governo Andorrano que continuaria monitorando suas atividades, com vistas à manutenção do status quo continental. 

Macaco vê, macaco faz… e faz mal feito

A retaliação andorrana veio nesta segunda-feira (25), tendo como alvo o Reino da Espanha. Como reportamos em nosso artigo de 11 de outubro, em agosto Andorra havia tentado reclamar ascendência cultural e política sobre a Espanha e França ao assinalar para seu príncipe os ilegítimos títulos de Marquês da Hispânia e Rei dos Visigodos, enquanto seus oficiais empreendiam um esforço junto ao parlamento espanhol para tentar convencer as Cortes a entregarem o território da Catalunha à soberania andorrana.

Com o intuito portanto de deslegitimar a presença espanhola dentre a comunidade internacional, Andorra fez a única coisa que sabe fazer: copiou a Alemanha. Assim como no último dia 18 o Império Alemão havia declarado a ilegitimidade do governo da one-man-nation russa em face dos reiterados ataques do Czar às nações europeias, hoje Andorra fez o mesmo com relação ao Governo Espanhol.

Foi, contudo, além: declarou o território espanhol terra nullius, e o fazê-lo, assumiu publicamente o que toda comunidade internacional sabia desde agosto, isso é, que a Andorra só interessa invadir a Espanha e anexar dela a Catalunha, o que justifica, no cálculo limitado e juvenil característico ao médio imperador de Andorra, a tentativa de virar ao avesso a paz europeia.

O argumento engendrado às pressas pelos andorranos foi que, prejudicado o funcionamento dos websites espanhois, logicamente se assumiria que o país estaria esvaziado de um governo funcional, o que portanto desconfiguraria a soberania do Reino da Espanha. Essa lógica propositalmente equivocada e de natural má-índole foi rapidamente desconstruída pela gestão do grupo Micronações Unidas, que indicou a adesão do Reino da Espanha e transferência do conteúdo espanhol à sua plataforma, complementando que este trabalho se encontra presentemente em andamento.

Além disso, o chefe de estado espanhol tem sido presente no Congresso de Füssen, inclusive não infrequentemente participando de suas reuniões ordinárias, o que de saída impossibilita a qualquer Estado ou instituição honestos constatarem que o Governo Espanhol esteja esvaziado, como tenta argumentar de forma enganosa o Principado de Andorra. Afinal, é pacífico na literatura de direito internacional que um dos tripés inerentes à soberania é precisamente a constatação da capacidade de certo Estado se relacionar diplomaticamente com os demais, o que se verifica sobejamente quanto ao Reino da Espanha.

Aliás, a atuação do rei espanhol em um organismo multilateral como de fato é o Congresso de Füssen certifica o caráter sub-reptício do movimento andorrano. Se Andorra tivesse uma onça de seriedade, teria procurado avaliar a situação do estado e governo espanhois com fundamento em um processo objetivo, calmo e legítimo, enviando diplomatas a Madri para que pudessem verificar a atividade de seu governo e consultando todo o entorno da sociedade internacional para juntos formarem juízo a esse respeito. A pressa andorrana é desse modo reveladora, enfim desnudando diante de todos tanto sua falta de caráter quanto sua mais brutal incompetência. 

Contenção exige coordenação

Um diplomata alemão procurado pelo Coburg Report comentou que dentro do Conselho Imperial de Relações Exteriores a avaliação é que as nações do bloco democrático europeu tem demonstrado uma impressionante e positiva coesão ao ponderarem individualmente sobre os últimos eventos. Na avaliação dos alemães, isso é reflexo de como estão capilarizados dentre os diversos governos do continente os objetivos de segurança e estabilidade comuns firmado pelos tratados que sustentam a região.

Nossas fontes junto à chancelaria da Itália por sua vez indicaram que “Andorra deve interromper a escalada das agressões e retomar o caminho do diálogo antes que os danos sejam irreversíveis para o status Andorrano na geopolítica europeia“, demonstrando uma rara divergência da tradicional neutralidade italiana, enquanto um oficial da Secretaria de Estado da Escandinávia falando em condição de anonimato resumiu o ânimo do continente: “a paciência acabou“.

Para que enfim se possa evitar o longo tempo de instabilidade e crise que pressagia a ressurgência do autoritário Pacto de Varsóvia, aa próximas semanas demandarão da Europa democrática paciência e pragmatismo na elaboração dos movimentos de contenção das agressões empreendidas por este eixo neoimperialista.

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